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Aiolas, de Sesimbra à Turquia

Aiolas, de Sesimbra à Turquia

Aiolas, de Sesimbra à Turquia

Das embarcações de Sesimbra, as mais singulares e tradicionais são as “Aiolas”, pequenos barcos pintados em tons garridos para serem facilmente identificados na imensidão do azul do Oceano que banha Sesimbra.

De grande estabilidade e proa pronunciada, com 4 metros de cumprimento, as Aiolas serviam no passado como barcos auxiliares das típicas “Canoas da Picada” ou “Barca do Alto” para fechar as redes de cerco e trazer o peixe para venda nos areais da praia de Sesimbra.

As Aiolas eram inicialmente movidas a remos e à vela, sendo que atualmente apenas existe um exemplar à vela na vila de Sesimbra.

Outra das caracterizaras singulares das Aiolas é o recorte na ré para colocar um remo para “Zingar” técnica de remo feita com o pulso, que em movimentos circulares impulsiona a Aiola, permitindo manobrar o barco em movimentos lentos e apenas por um pescador, sentado ou em pé.

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Hoje, os pequenos motores na ré substituíram o velame para facilitar as deslocações maiores sendo que os remos continuam a ser usados para ajudar as derivas quando estão à pesca do choco, da lula, ou com pequenas linhas de mão com anzol, para pescar robalo ou a esquiva dourada.

É com o nascer do dia, que podemos observar em Sesimbra as Aiolas a serem equipadas com os pequenos motores e descidas nas rampas, onde passaram a noite abrigadas para mais um dia de faina de pesca, que irá terminar ao meio-dia, coincidente com o aumento do vento e com a diminuição da atividade dos peixes.

O olho de "Hórus" desenhado na proa de muitas; desenhado na proa de muitas Aiolas e dos barcos tradicionais da “Arte Xávega” presentes na costa norte de Sesimbra, indica os bons caminhos para a pesca e é o símbolo de boa sorte segundo a mitologia egípcia.

Esta característica de boa ventura, predominantemente presente no Mediterrâneo Oriental, deverá ter surgido na Costa Portuguesa através das trocas comerciais Fenícias e Gregas realizadas com os povos ibéricos entre os século VII e o século V a.C.

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No Museu de Arqueologia Subaquática de Bodrum, na Turquia, junto de um naufrágio de uma Trirreme Grega, existe uma pequena nota explicativa sobre a pintura do olho de “Hórus” nos vários tipos de embarcações mediterrânicas do mundo antigo, onde se refere que esta tradição milenar está ainda viva nos dias de hoje em toda a bacia do Mediterrâneo, de Bodrum na Ásia Menor à costa Ocidental Portuguesa.

Estas embarcações são assim e ainda hoje, parte do património imaterial da Vila de Sesimbra e da nossa herança mediterrânica, enaltecendo-se esta história com a realização anual da regata de Aiolas onde os jovens, mantendo a tradição, são postos à prova nas suas capacidade de remo ao longo da baía de Sesimbra como se de um antigo ritual de passagem se tratasse.

Venha conhecer estas embarcações no mar e as suas técnicas tradicionais de pesca!

Passeios de barco diários.

Informações Úteis:

Regata das Aiolas:

Ultimo Domingo de Setembro, das 08.00 hrs às 13.00 hrs na Baía de Sesimbra

Pesca de Arte Xávega:

Julho e Agosto na Praia do Moinho de Baixo, Meco.

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